As áspides abrem uma peculiar lista de vermes e serpentes elaborada por Eustenes, um dos gigantes de Rabelais. Depois de matar sua fome, ele elenca tudo o que a partir de então estaria a salvo de sua saliva. A compilação absurda serviu de inspiração a Foucault em As palavras e as coisas e nos dá agora um nome. Áspide que somos, iniciamos a publicação de livros nas áreas das humanidades, das artes e do design esperando escapar da voracidade do mercado editorial brasileiro, que já engoliu tantas editoras.
Ganhamos medalha de bronze
no Brasil Design Awards!
O livro traça um mapa conceitual sobre a relação entre o cinema e a cidade a partir de filmes brasileiros produzidos na última década, momento crucial de transformações urbanas e do país. Mais do que textos sobre filmes que tragam a cidade como tema ou pano de fundo, a proposição é delinear algumas pistas ou operadores metodológicos para pensar de que maneira filmar a cidade é também participar nessa disputa acerca da instauração de formas de vida e modos de habitar os espaços urbanos.
Resultantes dos primeiros anos de atividade do Grupo de Estudos Discursivos em Arte e Design da UFPR, os ensaios reunidos neste livro nos levam a refletir sobre aquilo que orienta e situa nossas relações com a “visualidade contemporânea” — isto é, com a profusão de artefatos e artifícios que disputam cotidianamente nossos olhares. Refletir sobre esse tema significa colocar em questão os enquadramentos do senso comum para explorar os limites, as fronteiras, as bordas.
Como a realidade habita o que vemos? E como o que vemos habita a realidade? Esses dois questionamentos concatenados são o fio condutor do jogo entre textos e imagens que dá vida a este livro. Os textos são ensaios reflexivos sobre nossos modos de ver, sobre representação, realismo e pintura. As imagens são aquarelas que lidam principalmente com as complexidades figurativas do corpo humano e da água. Entre os dois, não há relação de subordinação nem de esclarecimento, mas, como diz o título, de sobre-posições
É comum darmos sentido ao que somos e ao que acontece conosco concebendo instâncias problemáticas, corrompidas ou más agindo dentro de nós — o ego, a carne, a depressão etc. Evocamos tais instâncias para explicar nossos sofrimentos, fracassos e angústias; e as imaginamos como bestas que nos ameaçam em nossa própria interioridade. Este livro traça um panorama genealógico dessas bestas, mostrando como elas transitam das produções teóricas ao senso comum, e passam a pautar nosso entendimento do que somos e do que é bom — ou mau — para nós.
Somos uma editora dedicada a publicar livros nas áreas das humanidades e do design. Privilegiamos abordagens interdisciplinares, que borrem as fronteiras entre diferentes campos do conhecimento. Para atuar no clima árido do mercado editorial brasileiro, inauguramos um novo modelo de negócio: lançamos nossas obras com um projeto de crowdfunding.
Editores
Wandyr Hagge (ESDI-UERJ)
Daniel B. Portugal (ESDI-UERJ)
Conselho editorial
Rogério de Almeida (USP)
Gustavo Silvano Batista (UFPI)
Marcos Beccari (UFPR)
João De Souza Leite (ESDI-UERJ)
Ricardo Cunha Lima (UFPE)
Marcos Veneu (FCRB)
Rua Senador Vergueiro 30, apto 201
Rio de Janeiro, RJ. CEP 22230-001
contato@aspide.com.br